Reinaldo
Bulgarelli, Txai Consultoria e Educação
17 de novembro de 2014
O que significa a legislação de cotas para inclusão do profissional com deficiência no mercado de trabalho
1.
A pessoa com deficiência tem
direito ao trabalho. É isso que afirma a legislação de cotas para que os empregadores
cumpram com o princípio de não discriminação do trabalhador.
2.
A inclusão do profissional
com deficiência significa afirmação do princípio do mérito, que não está sendo
respeitado quando uma característica da pessoa se torna motivo para não ser
contratada.
3.
O mercado de trabalho, do
ponto de vista social, está criando um circulo virtuoso ao promover a inclusão, o
que envolve outros atores como a família da pessoa com deficiência, o sistema
de educação, de transporte, lazer, entre tantos outros.
4.
O investimento em educação
profissional é uma prática comum e rotineira, condição para o desenvolvimento dos
negócios e da sociedade. Portanto, o que há de novo neste processo de inclusão
do profissional com deficiência é um olhar específico para a sua condição de
maneira que também se beneficie do acesso à educação profissionalizante.
A empresa e a inclusão
5.
A empresa se beneficia
porque expressa na prática seu compromisso com valores universais de direitos
humanos e
tudo que isso significa em termos de enfrentamento da discriminação, passando
uma mensagem positiva para toda a sociedade e adicionando valor à sua marca.
6.
A empresa aprimora suas
práticas de gestão ao rever estruturas e processos para acolher a diversidade humana,
abandonando um padrão de normalidade que não tem a ver com competência, mérito,
produtividade e tudo que interessa para os negócios e para a sociedade.
7.
A empresa valoriza sua
marca, aumenta o valor dos seus imóveis, se torna atraente para clientes e para
talentos
que preferem trabalhar num ambiente respeitoso e inclusivo da diversidade
humana. Ao adotar na prática conceitos como inclusão, acessibilidade,
tecnologia assistiva, desenho universal, entre outros, a empresa ganha valor.
O gestor e a inclusão
8.
O gestor de pessoas é gestor
da diversidade humana porque as pessoas são caracterizadas pela pluralidade e não pela
uniformidade.
9.
Gestores inclusivos da
diversidade humana aprimoram suas práticas de gestão ao manter foco no mérito, na
produtividade e nos resultados, considerando a realidade da vida e trabalhando
com aquilo de melhor que as pessoas têm a oferecer.
10.
A inclusão é um processo, envolve diálogo, interação e
compromisso de todos porque é multidirecional. Não é um gesto apenas do gestor
na direção do profissional com deficiência, mas de todos em direção a todos.
11.
A inclusão envolve
cooperação intensa entre todos. Reforça, portanto, a colaboração necessária para que a
empresa alcance seus resultados.
12.
Gestores inclusivos cuidam
de saúde e segurança considerando a diversidade humana, o que contribui para
elevar os padrões da empresa.
13.
Gestores inclusivos se
capacitam
não apenas estudando, mas na vivência cotidiana da inclusão do profissional com
deficiência.
14.
Gestores inclusivos rejeitam
“ideias paralisantes” e trocam a máxima do “só é possível incluir quando tudo estiver
perfeito” por “tudo melhora conforme incluímos os profissionais com
deficiência”.
15.
Gestores inclusivos se
desenvolvem profissionalmente para trabalhar com os desafios do século XXI e são
interessantes para o mercado de trabalho moderno.