terça-feira, 28 de setembro de 2010

Escola também é hostil com os homossexuais

Gazeta do Povo
Diversidade

Escola também é hostil com os homossexuais
Pesquisa mostra que os professores não sabem combater a homofobia. O resultado é abandono escolar, baixa auto-estima e depressão

Publicado em 28/09/2010
Paola Carriel
Pesquisa divulgada ontem mostra que a escola é um ambiente hostil com a população de lésbicas, gays, travestis e transexuais. Os professores não sabem como trabalhar a diversidade sexual, nem combater a homofobia. Como consequência, os meninos e meninas têm baixa autoestima, queda no rendimento ou abandono escolar e depressão. Foram ouvidos 1,4 mil professores, gestores e estudantes em 11 capitais brasileiras durante o ano de 2009. O estudo é uma iniciativa da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Traves­­tis e Tran­sexuais (ABGLT), Repro­latina e Ministério da Educação.

O estudo tem o objetivo de tirar do papel políticas públicas já existentes para combater o preconceito contra a população LGBT. “O Brasil Sem Homofobia é um programa federal já em curso. Mas ele não chega até a sala de aula”, argumenta a pesquisadora responsável pelo estudo, Margarita Díaz. A fala dos professores mostra que a orientação sexual dos adolescentes é “tolerada” quando não há uma demonstração clara da ho­­mossexualidade, por exemplo. Os jovens que mais sofrem com a discriminação são aqueles que assumem a orientação. No grupo que mais sofre estão travestis e transexuais. “Para a escola, é como se essa população não existisse”, conta Margarita.

Os pesquisadores presenciaram cenas de violência física contra jovens homossexuais em que professores e inspetores estavam próximos e não tomaram nenhuma atitude. Existem relatos de suicídios de alunos vítimas da discriminação. “Há um consenso de que existe preconceito e que os docentes não sabem lidar com isso. Em geral, associa-se a homofobia somente com a agressão física e não com as demais manifestações”, afirma Margaríta. Os educadores alegam falta de tempo e preparo para não trabalhar questões relativas à diversidade. Há ainda receio de “incentivar” a vida sexual dos alunos.

Além das entrevistas e grupos focais, os pesquisadores analisaram o ambiente escolar. Em nenhuma escola de Curitiba, por exemplo, havia qualquer cartaz ou menção aos direitos humanos ou diversidade sexual. “Os próprios estudantes afirmam que a escola deveria ser um ambiente mais acolhedor ao trabalhar com a diversidade”, explica a pesquisadora.

Questão de respeito
Para Toni Reis, presidente da ABGLT, o que o movimento social deseja não é um privilégio no ambiente escolar e sim respeito à diversidade sexual. “Queremos o cumprimento da Constituição Federal, que diz que todos são iguais e não haverá discriminação.” Para mudar essa situação, ele sugere capacitação e apoio aos docentes. Como resultado da pesquisa, foram gerados materiais de apoio que serão distribuídos aos docentes. Segundo Toni, hoje a homossexualidade é crime em 75 países do mundo e em sete é punida com pena de morte.

A presidente do Grupo Digni­­dade, Rafaelly Wiest, transexual mulher, diz que a pesquisa confirmou na prática o que a entidade observa há anos. “Não queremos que, em função da exclusão escolar, viver à margem seja a única opção de travestis e transexuais”, explica. “Qualquer indivíduo para entrar no mercado de trabalho precisa de qualificação. Essa população não consegue sequer terminar o ensino fundamental.”

Participaram do estudo estudantes do 6.º ao 9.º ano e professores e gestores de escolas públicas de Manaus (AM), Porto Velho (RO), Recife (PE), Natal (RN), Goiâ­­nia (GO), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Ho­­rizonte (MG), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR). Os resultados são qua­­litativos e, portanto, não há porcentuais. Essa é a primeira pesquisa nacional que aborda a homofobia nas escolas curitibanas.

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

21 de setembro: Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência

Dia 23 de setembro vou realizar uma apresentação na Secretaria Municipal do Trabalho de São Paulo. Vejam abaixo o texto que preparei para o evento e servirá de base para a minha contribuição.

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho / São Paulo
“I Seminário de Diversidade e Deficiência no Mundo do Trabalho”
23 de Setembro de 2010
Auditório da unidade Luz do Centro de Apoio ao Trabalho
Painel: “Igualdade de Oportunidades x Igualdade de Condições”

Aprendizados com quem cumpriu a Lei de Cotas para inclusão de pessoas com deficiência
Reinaldo Bulgarelli

Sou sócio-diretor da Txai Consultoria e Educação, uma empresa de consultoria que atua na área de sustentabilidade e responsabilidade social. Um dos temas trabalhados nesta agenda é o da valorização da diversidade, parte da essência de um mundo mais sustentável.

Trabalho, em geral, com grandes empresas no desenho e acompanhamento de programas de valorização da diversidade. Dentro desse tema está a questão da pessoa com deficiência e todos os conceitos nela inseridos: inclusão, acessibilidade e desenho universal, para citar apenas os três mais evidentes e de grande contribuição para o mundo empresarial e seus negócios.

Com base na minha experiência de 32 anos com direitos humanos e desenvolvimento, atuando com responsabilidade social empresarial desde 1995, quero compartilhar aqui alguns aprendizados que estou tendo com aquelas empresas que cumpriram a legislação de cotas para inclusão de pessoas com deficiência. Vou me basear, sobretudo, no HSBC e na DuPont. Também vou me dirigir às empresas, sobretudo a elas, porque entendo, com os dados que temos do Ministério do Trabalho, que as empresas precisam de esperança e de boas referências para melhorar seu desempenho com algo tão básico: cumprir a lei.

Para essa contribuição, coloco em forma de tópicos o que consigo sintetizar neste espaço de tempo.

Primeiramente, algumas ideias sobre inclusão.

1. Inclusão é uma palavra cara para a comunidade de pessoas com deficiência. É cara e deveria ser apreciada por todos porque ninguém quer ficar do lado de fora da festa da vida. Para a comunidade de pessoas com deficiência, essa palavra mágica traduz a concretização do desejo de viver num mundo que considere a diversidade humana. Inclusão significa participação em lugares onde não se considerava sua existência, sua importância, sua contribuição e seu direito de estar ali. Inclusão é um movimento de mão dupla. Eu trabalho para que as empresas sintam falta de quem não está ali e tenham a inclusão, com tudo que ela significa, como uma forma de reparar o que não está correto e de encontrar com quem está faltando para tornar a organização melhor, mais eficiente e com melhores resultados – para todas as pessoas, a empresa, a sociedade e o planeta.

2. Pessoas com deficiência e solidários não aceitaram a diferença como um destino de subdesenvolvimento ou subcidadania. Não aceitaram que a diferença fosse transformada em motivo para desigualdades, com desvantagens concretas e simbólicas atrapalhando o caminho. Não se conformaram com o lugar que lhes foi imposto. A palavra de ordem que simboliza tudo isso é inclusão.

3. Quem é incluído jamais será o mesmo porque a interação na diversidade transforma as pessoas. Quem inclui também se transforma porque a interação na diversidade faz repensar estruturas, processos, sistemas de gestão, posturas individuais e coletivas, atitudes que geraram exclusão e que podem se reverter em posturas inclusivas. É inclusão de gente, de ideias, de perspectivas, de propostas, de maneiras de ver a vida e de lidar com ela. Inclusão é palavra cara para uma sociedade democrática.

Sobre o cumprimento da legislação de cotas, entendo que nenhuma empresa o faz do nada. A mágica não existe sem esforço. Com certeza, quem cumpre a legislação saiu do lugar comum. A anatomia do sucesso, no meu entender, envolve muitos elementos:

• Uma identidade organizacional com princípios inclusivos, democráticos, abertos à inovação. Identidade é constituída pela missão, visão, valores, que inspiram, por sua vez, as políticas, códigos de conduta e a estratégia da empresa.

• Uma postura empresarial de respeito à legislação e uma postura ética compartilhada pelos profissionais que trabalham no cumprimento da missão organizacional.

• Uma equipe de RH disposta a se reinventar no fazer cotidiano dos princípios e práticas de gestão de pessoas, com processos que passam a considerar a diversidade humana.

• Um time de profissionais corajosos capazes de atuar em rede, liderar o processo por meio da mobilização de todos aqueles que precisam e podem fazer a diferença na ponta.

• Um conjunto de gestores que, entre o medo e a coragem, optou pela inovação, pela abertura ao novo com centralidade nas pessoas como fonte de aprendizado e de sucesso.

• Um conjunto de funcionários sem deficiência que se tornam colegas de trabalho e parceiros no desafio da inclusão e suas exigências, com toda a disposição para rever conceitos, aprender, acreditar no outro, fazer juntos, colaborar e encontrar novas formas de alcançar bons resultados para todos.

• Uma habilidade para fazer parcerias e alianças com quem pode contribuir para a obtenção de bons resultados porque conhecem o tema, têm disposição de servir e fazer juntos.

• Uma disposição para investir recursos financeiros, entre outros, no lugar certo, da forma correta e com propósitos alinhados com a identidade da organização, suas estratégias e desafios.

• Uma capacidade de atrair bons profissionais com deficiência, corajosos e dispostos a iniciar a jornada de transformação da própria vida e da vida organizacional, investindo também na valorização da diversidade, dispostos a ensinar e a aprender, a conviver, interagir, assumir riscos, enfrentar desafios, compartilhar aprendizados.

• Um apreço pelo respeito que faz toda a diferença para todos. Onde há respeito, há diversidade e vice-versa. Ambientes que não valorizam o respeito não atraem e muito menos mantém bons profissionais, geram sofrimentos e são evidentemente ineficientes.

• Uma aversão a “ideias paralisantes” do tipo “enquanto o mundo não for perfeito, de nada vale incluir pessoas com deficiência”.

• Uma visão de que a pessoa com deficiência que estão sendo incluída pela legislação de cotas é também um cliente, base do mercado interno do país, algo que tem feito e sempre fará toda a diferença para o índice de desenvolvimento, ampliação do PIB, dos indicadores sociais, culturais, ambientais e políticos.

• O entendimento de que o elitismo é uma praga que afeta o desempenho das empresas. Este gosto por grifes, por aparência, por uma visão mesquinha e equivocada do que seja bom, bonito, bacana, leva empresas para lugares cada vez mais distantes dos seus clientes e, portanto, do sucesso.

• O entendimento de que é preciso trabalhar com três dimensões que se complementam na formação do circulo vicioso da exclusão e que podem, portanto, se reverter no circulo virtuoso da inclusão: nossa sociedade, nossa consciência e nossos processos de gestão.

o Quem vê problemas apenas na sociedade, vai investir apenas na capacitação de pessoas com deficiência, enfrentando os problemas do acesso ao direito à educação que essa população possui. Investir em educação é essencial, valioso, mas não pode ser a única coisa a ser feita ou a desculpa utilizada para justificar os números tímidos que ainda apresentamos. A defasagem no número de anos de estudo entre pessoas com e sem deficiência não justificam os números que temos hoje: 288 mil pessoas contratadas, 0,70% do total de trabalhadores formais do país.

o Quem tem autocrítica e é sério nesta tarefa, sabe que há também problemas com a nossa consciência pouco inclusiva e investe também fortemente na ampliação dessa consciência. De nada adianta formar tão bem tantas pessoas com deficiência se elas continuam enfrentando barreiras imensas na atitude pouco inclusiva de equipes e gestores. Empresas que se acham perfeitas colocam toda responsabilidade pela exclusão nas pessoas com deficiência e a educação vira uma forma de excluir duas vezes. Empresas sérias reconhecem que também precisam ser capacitadas para serem mais eficientes no cumprimento de sua missão. Elas aprendem a reconhecer qualidade nas diferenças e a diferença como uma qualidade.

o Quem investe em educação e na ampliação de consciência, precisa investir também no aprimoramento de processos, revendo, olhando de novo com o olhar da valorização da diversidade porque tudo pode estar girando apenas em torno de homens, brancos, sem deficiência, adultos, heterossexuais e assim por diante. Rever processos, sistemas, estruturas, ambientes, ferramentas... é parte do processo de inclusão tanto quanto a educação e a ampliação da consciência ética das pessoas.

Há organizações muito maiores que o HSBC e a DuPont, que citei como fontes de aprendizado para mim neste tema da inclusão de pessoas com deficiência. Contudo, entendo que essa anatomia do sucesso é referência para todo tamanho de empresa. Com 10 ou com 100 mil profissionais a serem incluídos, os “princípios ativos” são os mesmos. Não há atalhos, nem guia, manual ou passo a passo que seja mais importante que a disposição de incluir. O processo gera aprendizados e “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, conforme sentença de Fernando Pessoa.

Incluir significa trazer mais vida para a organização e a vida é complexa, dinâmica, bela. Ela oferece condições para superar as barreiras que ela mesma denuncia. A vida constrói soluções na interação e não fora dela. A vida é repleta de conflitos, contradições, paradoxos, imperfeições, fatos inusitados que fogem do planejado, do pensado, do desejado e por isso mesmo é rica e gera riquezas. Quem está disposto a investir na vida é inclusivo, não tem outro jeito. Quem é inclusivo cumpre com as cotas e vai além, atinge metas e obtém bons resultados para todos, para os incluídos, os que incluem, a organização, os negócios e a sociedade.

Essas empresas que cumpriram a legislação de cotas demonstram a todos que a questão é difícil, mas é possível; que exige investimentos, mas traz bons resultados; que a vida é muito mais do que imaginamos e que a diversidade valorizada nos leva muito mais rápido e muito mais longe nesta aventura da comunidade humana sobre a Terra.

*Texto baseado no artigo elaborado para o HSBC na comemoração pelo cumprimento da legislação de cotas, em maio de 2010.
*Foto de Dorina Nowill, com minhas homenagens.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pela equiparação dos direitos civis à comunidade LGBT

Está programado para este domingo, 17 de setembro, um beijaço pelo casamento igualitário no Brasil. Será na esquida da Av. Paulista com a Rua Augusta, em São Paulo. Veja detalhes no site:
Casamento Igualitário no Brasil Pela equiparação dos direitos civis à comunidade LGBT

domingo, 12 de setembro de 2010

Chimamanda Adichie: o perigo de uma única história | Portal Geledés

Para quem gostou muito do vídeo com Chimamanda Adichie falando sobre o perigo da história única, o Portal do Geledés presta um serviço inestimável ao trazer o texto em português.

É um texto muito rico e que pode ser trabalhado de muitas maneiras com essa especial, simples e profunda fala de Chimamanda. Vejam no Portal do Geledés.

Chimamanda Adichie: o perigo de uma única história Portal Geledés

domingo, 5 de setembro de 2010

Secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional Gay e Lésbica encontra-se com autoridades em Brasília

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta quarta-feira (28), em Brasília (DF), o secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional Gay e Lésbica (IGLCC), Pascal Lépine (foto). O executivo viaja pela América do Sul para estudar a viabilidade de implantação de uma filial na região. A entidade, sediada no Canadá, defende o comércio da comunidade LGBT e no desenvolvimento sócio-econômico da comunidade em todo o mundo.


Após se encontrar com o presidente Lula, o secretário-geral da IGLCC foi recebido em audiência pelo ministro em exercício da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Rogério Sottili. “Estamos muito felizes em recebê-lo e agradecemos pelo trabalho realizado pela Câmara”, disse.

Em seguida, Lépine foi recebido em audiência pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que ressaltou os avanços do Brasil na área LGBT e se colocou à disposição para ajudar IGLCC no que for preciso.

Entre as atividades da IGLCC está a divulgação de um índice que mede o desempenho das empresas multinacionais em relação à diversidade e inclusão nos países onde eles têm escritórios, especificamente em relação às comunidades de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). Ele serve como um indicador da direção tomada pela diversidade nas corporações globais e nas comunidades locais em que eles servem. Este ano, as cinco principais empresas mais LGBT-friendly (amigável) do mundo são: IBM, Google, BT Group, Morgan Stanley e Cisco Systems.

Histórico – Rogério Sottili recebeu no ano passado, em nome do presidente Lula, em Copenhagen, na Dinamarca, o prêmio anual Liderança Internacional, da Câmara de Comércio Internacional Gay e Lésbica, conferido à pessoas e entidades que apóiam a comunidade LGBT.

A escolha do presidente brasileiro para ser agraciado em 2009 foi unânime, e salientou-se o fato de Lula ter se pronunciado abertamente a favor dos direitos de todos os brasileiros, incluindo os integrantes da comunidade LGBT. Pascal Lépine, secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional Gay e Lésbica, diz na carta em que comunica a concessão de prêmio ao presidente, que a “criação da 1ª Conferência Nacional LGBT Brasileira segue como exemplo de exemplo de sua liderança não somente na América Latina, mas globalmente.

Brasil Sem Homofobia - Na audiência na SDH, a subsecretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da SDH, Lena Peres, fez uma apresentação das políticas públicas do governo brasileiro para o seguimento LGBT. “No início as políticas são desenvolvidas na área da Saúde. Em 2002, pela primeira vez aparece em Direitos Humanos. Dois anos depois essa agenda é colocada com mais força com o projeto Brasil sem Homofobia e os centros de referência”, explica Lena. A subsecretária também falou sobre a Conferência Nacional LGBT, o Plano de Ação Pactuado por todos os ministérios e o trabalho desenvolvido para a implantação do Disque-LGBT, que deverá receber, encaminhar e monitorar denúncias de violações de direitos desse segmento da população.

O secretário-geral da IGLCC, Pascal Lépine, parabenizou o governo brasileiro pelas iniciativas para o segmento e falou sobre a realização promovida por sua entidade de um ranking das empresas mais amigáveis com a população LGBT. A última edição contou com a participação de 25 empresas em todo o mundo, que juntas movimentam aproximadamente R$ 6 trilhões anuais. A única representante latinoamericana foi a LAN. “Espero que as empresas brasileiras possam participar daqui pra frente”, convidou Lépine.

A coordenadora- geral de Promoção da Cidadania LGBT, Mitchelle Meira, destacou o avanço do Poder Judiciário e os atos do Executivo, como o decreto presidencial que institui o 17 de Maio como Dia Nacional de Combate à Homofobia.

O coordenador- geral do Conselho Contra a Discriminação, Jeter Souza, falou sobre o compromisso e as garantias das empresas públicas com a diversidade sexual. “Petrobrás, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil são bons exemplos”, avalia. Souza ainda ressaltou que em 2009 todos os bancos passaram a reconhecer os direitos LGBT, o que surpreendeu positivamente o secretário-geral da IGLCC. “Nunca vi isso em outro lugar do mundo. É muito bom porque de modo geral as empresas se espelham muito para os bancos para a formulação de políticas”, disse Lépine. Ele disse que a Câmara pretende instalar duas filiais nos próximos anos. “Uma na Europa e outra na América Latina. E eu adoraria que esta fosse no Brasil”, concluiu.

Fonte: Secretaria de Direitos Humanos