Está nas bancas a edição 968 da Revista Exame com uma matéria de capa muito interessante e que fala sobre o maior mercado emergente do mundo: as mulheres! A revista diz que elas, juntas, despejaram 12 trilhões de dólares na economia mundial em 2009. Só no Brasil, ainda segundo a revista, foram 800 bilhões de reais.
Sem pensar muito no que isso significa para o mercado interno, as empresas, mesmo as grandes, ainda apresentam dados incompatíveis com a realidade do século XXI. São poucas mulheres em cargos de liderança e encontrando, desde a posição mais básica da empresa, um labirinto cheio de obstáculos a tudo que é reconhecido como feminino.
As empresas deste século ainda são masculinas, masculinizadas e masculinizantes. Não é estranho que mantenham esses padrões machistas mesmo quando estes dados divulgados pela Exame convocam a objetividade capitalista mais crua e, muita vezes cruel? O importante é o lucro?
Não, não é. O machismo consegue se colocar como algo mais importante que o lucro quando vemos que ainda há apenas 11,5% de mulheres em cargos executivos, segundo pesquisa do Ethos de 2007. Tomara que 3 anos depois possamos encontrar outros dados, quem sabe 12,5%?